sábado, 29 de setembro de 2007

O primeiro computador


Memórias:

O primeiro computador

Hoje em dia quase todo mundo tem computador em casa e mais do que isso tem este conectado na internet. Mas não foi sempre assim, apesar de ter escutado RPM e Blitz em discos de vinil, temos que considerar que a tecnologia evoluiu muito mais rápido do que minha idade, fala sério !

Computador era algo raro em meados dos anos 90 e a UFRPE tinha poucos PCs nos departamentos e o sistema operacional windows tinha poucos anos de vida (Bill Gates era um GS* de fundo de quintal ainda), para se ter uma idéia Windows 95 era o suprassumo ! Eu mesmo tive aula de informática na Rural do sistema operacional Pascal com Oceano Neves, dai vc tira como evoluiu rápido.

Mas com o dinheiro que vinha da CAPES para os grupos, a Rural comprou vários PCs e distribuiu para os PETs e eu bem me lembro o dia que Rosimar chamou Nelson Suassuna, nosso hacker da época e GS "mor" da informática para ir com ela em sua Pampa para buscar o PC e ligar o danado.

Me lembro da cena, Nelson com a cara de feliz maior do mundo, carregando as caixas e indo pra sala instalar o danado. Não me lembro bem se instalamos primeiro na sala de Rosi ou se na própria sala do PET.

Deste dia em diante tudo mudou na vida de muita gente, os "xepeiros" se é que é assim que se escreve, tinham dias que dormima na sala do PET para poder usar o PC, nelson nem se fala...amava o danadinho.

Mas algum tempo depois chegou o segundo PC, este já tinha mais memória RAM, RUM, REM, RIM e lá vai. Nelson ligou o bicho, com aquela cara de contente e fez logo o teste dizendo...quero ver se vc é bom mesmo:...copiou um texto no mais famos estilo CTRL+C e ficou colando centenaaaaas de vezes (CTRL+V) para ver até que ponto o PC ia travar.

Depois contos os stresses para controlar o uso do PC e o gasto com tinta das impressoras.

*GS - gala seca

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Relíquias abandonadas nas folhas de borrão

Como um dedicado praticante da “ciência ou arte da pirangagem” – além do discurso ambientalmente correto de “evitar a derrubada de milhares de árvores” – sempre utilizei, para os mais variados fins, o verso das folhas tornadas imprestáveis pelos caprichos de alguma impressora temperamental. Hoje, após inúmeros trabalhos só concluídos aos quarenta e oito do segundo tempo, posso afirmar categoricamente que as máquinas captam nossas ondas cerebrais e têm o poder de decidir sobre o nosso êxito ou fracasso... elas são sádicas, portanto nunca deixe o seu computador tomar conhecimento de sua pressa!

Uma das técnicas de reciclagem consistia em rabiscar, como se virgens fossem, o verso dessas infelizes páginas descabaçadas. Durante boa parte de meu curso de Agronomia não tive cadernos, afinal as infinitas versões e revisões dos vários documentos gerados pelo PET (relatórios, folders, ofícios, cartazes, convites etc.) convertiam-se em uma abundante fonte de papel para meu uso.

Pois bem... além de tomar nota das matérias do curso, também utilizei essas pobres folhas abortadas para nelas deixar registradas as letras e cifras das músicas que tocava ao violão. Meus contemporâneos devem se recordar de nossas sessões musicais, geralmente irrigadas por álcool etílico potável de origem agrícola.

Essas folhas permaneceram praticamente intocadas durante a última década, em virtude das seguidas mudanças de domicílio a que um indivíduo afoito é obrigado a se submeter depois que pega o diploma... (foram dez endereços nos últimos oito anos!). No entanto, esse acervo foi recentemente revisitado, devido a uma necessidade inexplicável de fazer um “balanço geral” de minha vida, desencadeada pela passagem de meu trigésimo aniversário.

Todas as minhas realizações foram planejadas para se concretizar antes dos trinta. Porém a maioria continua pendente: não dei a volta ao mundo, não moro em Maracaípe, não tenho uma Land Rover, e ainda preciso trabalhar para garantir minha sobrevivência... Por outro lado, tenho um emprego que me proporciona – além do sustento financeiro – alguma motivação e uma boa parcela de tempo livre, além de ter encontrado uma companheira com quem construo um casamento instigante e desafiador.

Então... completei três décadas e constatei que deixara de fazer um monte de coisas, e que, apesar de todas as conquistas, continuaria sempre insatisfeito. Há solução? Não sei... Optei por para de pensar tanto, e comecei a fuçar os papéis abandonados, a contemplar os álbuns de fotografias... Jogar a velharia fora geralmente causa uma sensação imediata de alívio.

E foi durante esse processo que foram encontradas as relíquias que ora lhes apresento. Perdidas entre as mais de 160 folhas rabiscadas, encontrei essas cinco, que agora fazem parte de nosso acervo.


Primeiro trimestre de 1996: primeira versão da primeira auto-avaliação de Eryvan


Julho/1996: quem se lembra desse seminário? O PET se fez presente através da exposição de um painel. As fotos serão disponibilizadas em breve.


Julho/1996: teste para as etiquetas a serem fixadas na pasta desse evento, cuja cobertura fotográfica também será disponibilizada posteriormente.


Novembro/1996: teste para o modelo de certificado deste outro evento. Essa foi a primeira vez que emitimos um certificado próprio, diferente daquele confeccionado pela Pró-Reitoria de Extensão.


Novembro/1996: minuta de folder para o mesmo evento, abortada por um capricho da impressora. Atentem para o horário do encerramento (18:00 - ∞ h), e relembrem que a Banda Quenga de Coco, contratada por Laura, só ficou famosa depois que lhe demos essa oportunidade.