segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O fim da máfia dos minicursos

Representantes da oposição faziam denúncias - "infundadas e levianas", como diriam os políticos - de favorecimento indevido no processo de inscrição para os minicursos promovidos pelo PET. Se havia ou não, eu "não tomei conhecimento", tal qual nosso ilustre presidente. O fato é que alguns desses minicursos (justamente os mais interessantes) já tinham as vagas esgotadas antes mesmo de sua divulgação oficial. Curiosamente, na lista dos afortunados inscritos geralmente só havia alunos ligados a membros do PET: colegas de turma, de estágio ou pesquisa, xepeiros etc..
Esse nepotismo dissimulado teve fim em 1997, por ocasião do 1º Simpagro, quando o participante declarava no ato da inscrição a sua ordem de preferência dos minicursos, cujas vagas eram preenchidas priorizando aqueles que primeiro efetuassem o pagamento, o que era facilmente verificado no comprovante impresso. Os formulários de inscrição foram distribuídos entre os alunos, e, após preenchidos, eram depositados numa urna localizada na antiga Cantina de Dona Izabel. Tal procedimento nos foi bastante conveniente em dois aspectos: primeiro, porque antecipava a arrecadação, através do incentivo às inscrições o quanto antes, evitando a sobrecarga de trabalho no início do evento e melhorando nosso fluxo de caixa; segundo, porque a adoção de regras claras e objetivas para o provimento das vagas nos resguardava de pressões pessoais e de solicitações inoportunas de favores, cuja recusa era por vezes constrangedora.