Aprendi uma coisa, nesses poucos anos de vida. A vida não tem começo, nem fim, ela apenas passa e deixa marcas. Então, não começarei minha breve passagem pelo PET (quanta saudade) pelo começo. Vou começar pela metade. Um pouco antes da metade. Jan-Fev/2002. I ENEPET. Para aqueles que ingressaram antes do ano de 2002 e saíram antes disso também, vale a pena explicar: I Encontro Nordestino de Grupos PET, ocorrido em Fortaleza - CE. Nossa quanto tempo se passou. Mas lembro muito bem: I Encontro de PET´s. Nós, mesmo dentro de PE nos conheciamos muito pouco. Eu nem sabia quantos PET´s existiam em PE. Tentamos marcar uma reunião entre as duas universidades. Todos os 10 PET´s aquela época mandaram algum representante. Nesta reunião inicial se não me falha a memória fomos eu, Flávio, Isaías e José Marcelo. Muito se discutiu e fomos atrás do buzão da Rural (aquele que quebrava mais do que tudo). Bem, depois de muita luta atrás desse ônibus e muitas reuniões depois, fomos pra Fortaleza. Apenas os cinco grupos da UFRPE foram para este evento. De Agronomia fomos: eu, Marcos Amorim, José Marcelo, Isaías e Rosimar. Gente, a gente olhava um pra cara do outro e não sabia o que ia fazer lá... Mas fomos... Assim que chegamos aquele choque... Dormir em salas de aula. E tinha uma fossa atrás da sala, que cheiro bom (aff). Na abertura todos os PETianos extremamente preocupados principalmente com as incertezas da continuação do programa, atrasos de bolsas e tudo que norteou as principais bandeiras de luta da primeira metade dos anos 2000. E fomos nós. Nessa época, nós quatro, em conjunto com Bruno (não o Toríbio, o outro, não lembro mais do sobrenome), Landim, Charles - todos do PET - faziamos parte do diretório acadêmico de agronomia - depois conto como de uma seleção do PET nasceu uma chapa do D.A.. Assim que colocamos os pés na UFC, campus do PICI, descobrimos que lá estava acontecendo a PENEB (Plenaria das Entidades de Base) do curso de Agronomia, a qual não tinhamos idéia que estava ocorrendo. Nossa prioridade era o ENEPET. Logo na abertura do encontro sentimos o caldeirão que fervilhava naquela oportunidade. Muito espírito de luta e bolsitstas dispostos para o que desse e viesse. Cada estado que era chamado gritava como se estivessemos numa arena medieval e cada estado representasse um gladiador. Mas era assim que nos sentiamos. Gladiadores. Defendendo aquilo que reconhecemos como certo e produtivo. Após a abertura a comissão organizadora organizou uma visita turística (claro - não pode faltar) ao Dragão do Mar. Não lembro de Marcelo lá. Lembro que eu, Isaías e Marcos chegamos lá. Visualizamos e achamos o cantinho do PETiano forrozeiro. Armazém 13. Lá chegando, nos deparamos com uma cena até então desconhecida. O chamado forró do iô-iô. Pessoal, lá no Ceará, mulher é iô-iô. É um tal de bate, volta, gira, pula, entra por debaixo das pernas e não assanha o cabelo. Nisso Marcos, todo atrevido, chama a cearense pra dançar. Quando a mulher foi e voltou Marcos soltou a pérola: - Pode parar!! A minina responde: - Por quê? - Sou de Pernambuco, caba homi, e lá num tem isso de iô-iô não... se chegue que gosto é de dançar apertadinho... Pense numa carreira que a mulher deu... Pense numa brutalidade. No segundo dia, dividimos o grupo em dois e fomos eu e Marcos pra tal da PENEB... Isaías e Marcelo ficaram no ENEPET. Minino.. só lembro dum rapaz, da "agromassaecologia" e da cara de ressaca do pessoal da PENEB. Ficamos lá uns 30 minutos ainda.. Foram uns dos 30 minutos mais mau gastos da minha vida. Num se entendia nada que aquele povo discutia. Voltamos correndo pro ENEPET. Achamos prudente não interromper a discussão que outrora havia iniciado. Fomos bater uma sopa. A sopa que sustentou o PETliso nesses dias - sopa com pão 1,50. Foi sopa de manhã, almoço e jantar. No segundo dia a tarde faltou um palestrante. Para substituir Renata Jucá (PET-Biologia/UFRPE) improvisou, junto com a delegação de PE uma ciranda... Foi maravilhindo. A noite novamente fomos para o visita turística. Dessa vez sem grandes surpresas. A delegação dos outros PET´s estava lá. Nesse ano, não foram os estados de Alagoas e Maranhão (que só foi vir no VI ENEPET em Recife). Mas o pior foi a justificativa que Marcos e Isaías arranjaram pra invadir o alojamento dos PET´s do Rio Grande do Norte... A fossa, tava mais fedida do que nos demais dias. Os mininos e eu junto, bobos nem nada, pedimos ao pessoal do RN pra dormir lá o resto do evento. Detalhe: tinha cerca de 15 pessoas, todas MULHERES. Claro, tinhamos que pelo menos tentar pontuar... Depois de chegar 05:00, acordamos (acordamos?) umas 07:00 pra ir pros GT´s. A salvação foi suco de Guaraná que Isaías achou sei lá onde. Salvos pelo guaraná da Amazônia. A tarde... plenária final e construção da Carta de Fortaleza - um dos grandes marcos do PET-NE no movimento PET-REAGE. Com toda aquela força eu já sabia, ninguém extingue mais o PET. A assembléia acabou umas 09:00. As 05:00 saímos de volta pra casa. O pessoal da PENEB precisava de carona. O ônibus que no início tava vazio, voltou com gente no corredor... Mas chegamos...
Bem... esse foi o primeiro... Vou tentar, devagarinho, narrar o que aconteceu nos demais eventos. Não tenho muitas (nenhuma) foto deste evento. Quem tiver... por favor coloque... nessa época não tinhamos disponível a tal da máquina digital.
terça-feira, 29 de abril de 2008
Assinar:
Postagens (Atom)