Pense numa fartura o coquetel de abertura do Congresso Brasileiro de Ciência do Solo! (julho de 1997, Hotel Glória, Rio de Janeiro).
Pense num "liseu" que a gente estava...
Eu, Nelson, Laura e Eryvan já vínhamos de uma semana em Belo Horizonte-MG, participando da Reunião da SBPC e do ENAPET. Mas como desmantelo só presta muito e grande, resolvemos emendar um evento no outro, e fomos ao Rio.
Christian voltou sozinha de BH para Recife, e ficou incumbida de passar o xaveco em alguns passageiros durante a viagem para que eles lhe cedessem os seus bilhetes de passagem, que "comprovariam" a nossa volta, uma vez que a Rural havia custeado tudo.
Já no Rio, fomos nos encontrar com o povo que viria direto de Recife: outros petianos, alunos do mestrado e estudantes de graduação que apresentariam trabalho. Pela cara de nossos colegas, percebemos que a viagem não foi nada agradável, especialmente para Kércya, que passou dois dias ao lado do banheiro do ônibus, em companhia de uma senhora um tanto quanto espaçosa.
Diante de nossos parcos recursos, foi fundamental para nossa viabilidade econômica na Cidade Maravilhosa o arrego concedido por Dona Amely, mãe de Rosimar, em seu apartamento no Leblon, sem o qual certamente não teríamos condições de estar presentes àquele congresso. Eu, Herman, Carlos Gilberto, Marcelo Saiki, Kércya, Laura, Eryvan, Nelson Suassuna e Valdomiro... foi isso mesmo? Nove pessoas hospedadas! Dormindo, comendo e gerando resíduos orgânicos... Rosi, só tu e tua mãe mesmo!
Dos escassos Simancol e céda de que dispúnhamos, fizemos uma pequena feira - constituída basicamente por miojo, biscoitos e enlatados - para colaborar com nossa generosa anfitriã (ou seria mais adequado "hospedeira"?).
Porém, o coquetel de abertura do congresso viria nos salvar! Era muito queijo chique, daqueles bem mofados, ornamentando as mesas.
- Será que a gente pode pegar?
- Acho que não... deve ser só enfeite!
- É não! É queijo de verdade! Bora?
- Rapaz...
Fomos...
Num misto de "vergonha institucional" e de inveja, nossos colegas do mestrado passaram o resto da semana sem falar direito com a gente, naquele esquema de "se me perguntarem, não te conheço", já que, em seu ponto de vista, nós havíamos denegrido a imagem da UFRPE perante a comunidade solológica brasileira.
Querem saber? Os queijos eram bons pacarai! Tinha um tal de Camembert, que tinha uma casca grossa quase preta de tanto mofo, mas por dentro era macio e branquinho, branquinho... uma delícia! O upgrade em nossas refeições no apartamento foi considerável.
Eryvan (ao fundo), Nelson, Wagner e Laura (em pé) e Hermano (agachado) no momento do flagrante. 12 anos atrás... se era crime, já prescreveu.
Festinha de despedida na casa de Dona Amely. Nelson, Carlos Gilberto, Herman, Wagner, a menina que trabalhava lá (se alguém lembrar o nome dela eu cegue dos ouvidos), Laura, Dona Amely e o pequeno Thiago
Raspando o tacho, até conseguimos dar uma lembrancinha à nossa anfitriã. Herman (em primeiro plano), Eryvan (o mais alto), Laura, Dona Amely e Thiago (em pé), Nelson Suassuna (agachado)
sábado, 18 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Pedágio...também já fizemos!!!
Ao ler o e-mail de Eryvan sobre o pedágio em sinal realizado pelo PET-Bio recentemente, lembrei da estória hilária nossa na busca por recursos para irmos ao ENAPET em 2002 (?).
Marcelo era extremamente empolgado com o grupo. Daqueles caras que a veia do pescoço fica sobressalente quando fala, quando consegue sair alguma voz de sua boca de tão empolgado que fica.
Estávamos determinados a ir ao evento mas não tínhamos dinheiro. Daí ele lançou a ideia em uma reunião de fazermos pedágio. "- O que é isso?, o PET não precisa se humilhar a tanto"...alguém do grupo tinha conseguido desestimular a todos. Mesmo assim ele estava determinado a ir vender caneta. E eu fui com ele. Nunca tinhámos feito isso na vida.
Mas vamos lá, deixamos a vergonha na Rural e fomos para Boa Viagem vender caneta no ponto de Ônibus do Colégio Boa Viagem. A cada caneta, ia a estória do PET, a situação atual e o propósito da arrecadação. Depois da décima conversa, tudo era espontâneo, um sucesso na atividade de fazer inveja a vendedor de sinal. Ao final do dia parecia que tínhamos assaltado um cobrador de ônibus porque voltamos com uns 2 kg de moeda e com talvez metade das canetas que levamos. Muita gente ficava com pena da gente e dava o dinheiro para ajudar e falava para a gente manter a caneta para vender para alguma outra pessoa.
No final das contas foi uma ótima atividade de extensão (não registrada no relatório de final de ano, talvez tenha merecido dando o devido enfoque), uma pena que mais gente não tenha participado. Valeu um sementre inteiro de conhecimentos antropologia rural. A cada discurso repetido que a gente fazia, escutava um depoimento diferente de alguém que tem um filho ou sobrinho que gostaria que tivesse essa determinação, companheirismo, inteligência... Treinamento no PET também é treinamento na vida.
Marcelo era extremamente empolgado com o grupo. Daqueles caras que a veia do pescoço fica sobressalente quando fala, quando consegue sair alguma voz de sua boca de tão empolgado que fica.
Estávamos determinados a ir ao evento mas não tínhamos dinheiro. Daí ele lançou a ideia em uma reunião de fazermos pedágio. "- O que é isso?, o PET não precisa se humilhar a tanto"...alguém do grupo tinha conseguido desestimular a todos. Mesmo assim ele estava determinado a ir vender caneta. E eu fui com ele. Nunca tinhámos feito isso na vida.
Mas vamos lá, deixamos a vergonha na Rural e fomos para Boa Viagem vender caneta no ponto de Ônibus do Colégio Boa Viagem. A cada caneta, ia a estória do PET, a situação atual e o propósito da arrecadação. Depois da décima conversa, tudo era espontâneo, um sucesso na atividade de fazer inveja a vendedor de sinal. Ao final do dia parecia que tínhamos assaltado um cobrador de ônibus porque voltamos com uns 2 kg de moeda e com talvez metade das canetas que levamos. Muita gente ficava com pena da gente e dava o dinheiro para ajudar e falava para a gente manter a caneta para vender para alguma outra pessoa.
No final das contas foi uma ótima atividade de extensão (não registrada no relatório de final de ano, talvez tenha merecido dando o devido enfoque), uma pena que mais gente não tenha participado. Valeu um sementre inteiro de conhecimentos antropologia rural. A cada discurso repetido que a gente fazia, escutava um depoimento diferente de alguém que tem um filho ou sobrinho que gostaria que tivesse essa determinação, companheirismo, inteligência... Treinamento no PET também é treinamento na vida.
A virada do milênio: não deixe a PETeca cair!!!
Achei ótima a iniciativa de Wagner de criar o blog a melhor ainda a de esse ser um estímulo à festa de 20 anos do grupo.
Pelo que li nas mensagens postadas não encontrei muita informação do período que estive no grupo, de 2000 a 2002. Aconteceu muita coisa nesse período, cabe a nós protagonistas preencherermos a lacuna. Vou tentar começar...talvez o estímulo que falte!!!
Entrei no grupo em dezembro de 99, junto com Tonys Elthon, Caroline Biondi e Bruno Costa. Tínhamos uma missão desafio...substituir Wagner, Eryvan, Laura e Jarbas (???). O desafio se mostrou ainda maior em janeiro...
A virada do milênio não foi o fim do mundo como pregavam mas o governo queria o fim do PET.
A bolsa de janeiro não veio, assim como a de fevereiro...enfim recebíamos retroativo mas a cada seis meses. Taxa de bancada e bolsa de tutor eram lenda que falavam que um dia existiu
Sem bolsa de tutor, com filhos pequenos, se dividindo entre o doutorado e as aulas da graduação, Rosi, com o mesmo entusiasmo no grupo, continuou com o mesmo empenho no PET trabalhando-nos para a tendência atual exigida, a articulação política intra e inter-grupo.
Foi assim que ela nos enviou para o ENAPET. Uma viagem com Carlos Gilberto e Rodrigo Coitinho onde assistimos as palestras fervorosas dos líderes nacionais do PET.
Ao voltar do evento tínhamos reuniões periódicas entre os PET da Rural, PETPE e participação na lista PETBr (será que ainda existe?), mas não bastava...-Dentro da Universidade achávamos que ainda não tínhamos o apoio merecido foi então que para fazer-se conhecer como Programa de Ensino Tutoriado e não mais Programa Especial de Treinamento, foi então que uma parte dos integrantes do PET assumiu o DA para mostrar para todos que não éramos especiais por pertencer ao grupo mas que estávamos ali para servir a comunidade discente/docente guiados pela tutora.
Em 2002, tínhamos uma nova sala, além do tradicional SIMPAGRO, já estávamos na 3a edição da Semana de Agricultura Alternativa (SAGA) em comemoração à Semana do Meio Ambiente. O PET não sobrevivia aos trancos e barrancos, crescia apesar da crise. Fiquei muito feliz em saber que hoje o programa de ensino tutoriado funciona com total apoio do governo, com retorno das taxas acadêmicas, bolsa de tutor e...pagamento em dia. Parabéns Rosimar e todos os protagonistas desse período que não deixaram a PETeca cair!!!
Pelo que li nas mensagens postadas não encontrei muita informação do período que estive no grupo, de 2000 a 2002. Aconteceu muita coisa nesse período, cabe a nós protagonistas preencherermos a lacuna. Vou tentar começar...talvez o estímulo que falte!!!
Entrei no grupo em dezembro de 99, junto com Tonys Elthon, Caroline Biondi e Bruno Costa. Tínhamos uma missão desafio...substituir Wagner, Eryvan, Laura e Jarbas (???). O desafio se mostrou ainda maior em janeiro...
A virada do milênio não foi o fim do mundo como pregavam mas o governo queria o fim do PET.
A bolsa de janeiro não veio, assim como a de fevereiro...enfim recebíamos retroativo mas a cada seis meses. Taxa de bancada e bolsa de tutor eram lenda que falavam que um dia existiu
Sem bolsa de tutor, com filhos pequenos, se dividindo entre o doutorado e as aulas da graduação, Rosi, com o mesmo entusiasmo no grupo, continuou com o mesmo empenho no PET trabalhando-nos para a tendência atual exigida, a articulação política intra e inter-grupo.
Foi assim que ela nos enviou para o ENAPET. Uma viagem com Carlos Gilberto e Rodrigo Coitinho onde assistimos as palestras fervorosas dos líderes nacionais do PET.
Ao voltar do evento tínhamos reuniões periódicas entre os PET da Rural, PETPE e participação na lista PETBr (será que ainda existe?), mas não bastava...-Dentro da Universidade achávamos que ainda não tínhamos o apoio merecido foi então que para fazer-se conhecer como Programa de Ensino Tutoriado e não mais Programa Especial de Treinamento, foi então que uma parte dos integrantes do PET assumiu o DA para mostrar para todos que não éramos especiais por pertencer ao grupo mas que estávamos ali para servir a comunidade discente/docente guiados pela tutora.
Em 2002, tínhamos uma nova sala, além do tradicional SIMPAGRO, já estávamos na 3a edição da Semana de Agricultura Alternativa (SAGA) em comemoração à Semana do Meio Ambiente. O PET não sobrevivia aos trancos e barrancos, crescia apesar da crise. Fiquei muito feliz em saber que hoje o programa de ensino tutoriado funciona com total apoio do governo, com retorno das taxas acadêmicas, bolsa de tutor e...pagamento em dia. Parabéns Rosimar e todos os protagonistas desse período que não deixaram a PETeca cair!!!
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