sábado, 18 de abril de 2009

O sumiço dos queijos no Hotel Glória

Pense numa fartura o coquetel de abertura do Congresso Brasileiro de Ciência do Solo! (julho de 1997, Hotel Glória, Rio de Janeiro).
Pense num "liseu" que a gente estava...
Eu, Nelson, Laura e Eryvan já vínhamos de uma semana em Belo Horizonte-MG, participando da Reunião da SBPC e do ENAPET. Mas como desmantelo só presta muito e grande, resolvemos emendar um evento no outro, e fomos ao Rio.
Christian voltou sozinha de BH para Recife, e ficou incumbida de passar o xaveco em alguns passageiros durante a viagem para que eles lhe cedessem os seus bilhetes de passagem, que "comprovariam" a nossa volta, uma vez que a Rural havia custeado tudo.
Já no Rio, fomos nos encontrar com o povo que viria direto de Recife: outros petianos, alunos do mestrado e estudantes de graduação que apresentariam trabalho. Pela cara de nossos colegas, percebemos que a viagem não foi nada agradável, especialmente para Kércya, que passou dois dias ao lado do banheiro do ônibus, em companhia de uma senhora um tanto quanto espaçosa.
Diante de nossos parcos recursos, foi fundamental para nossa viabilidade econômica na Cidade Maravilhosa o arrego concedido por Dona Amely, mãe de Rosimar, em seu apartamento no Leblon, sem o qual certamente não teríamos condições de estar presentes àquele congresso. Eu, Herman, Carlos Gilberto, Marcelo Saiki, Kércya, Laura, Eryvan, Nelson Suassuna e Valdomiro... foi isso mesmo? Nove pessoas hospedadas! Dormindo, comendo e gerando resíduos orgânicos... Rosi, só tu e tua mãe mesmo!
Dos escassos Simancol e céda de que dispúnhamos, fizemos uma pequena feira - constituída basicamente por miojo, biscoitos e enlatados - para colaborar com nossa generosa anfitriã (ou seria mais adequado "hospedeira"?).
Porém, o coquetel de abertura do congresso viria nos salvar! Era muito queijo chique, daqueles bem mofados, ornamentando as mesas.

- Será que a gente pode pegar?
- Acho que não... deve ser só enfeite!
- É não! É queijo de verdade! Bora?
- Rapaz...


Fomos...
Num misto de "vergonha institucional" e de inveja, nossos colegas do mestrado passaram o resto da semana sem falar direito com a gente, naquele esquema de "se me perguntarem, não te conheço", já que, em seu ponto de vista, nós havíamos denegrido a imagem da UFRPE perante a comunidade solológica brasileira.

Querem saber? Os queijos eram bons pacarai! Tinha um tal de Camembert, que tinha uma casca grossa quase preta de tanto mofo, mas por dentro era macio e branquinho, branquinho... uma delícia! O upgrade em nossas refeições no apartamento foi considerável.


Eryvan (ao fundo), Nelson, Wagner e Laura (em pé) e Hermano (agachado) no momento do flagrante. 12 anos atrás... se era crime, já prescreveu.

Festinha de despedida na casa de Dona Amely. Nelson, Carlos Gilberto, Herman, Wagner, a menina que trabalhava lá (se alguém lembrar o nome dela eu cegue dos ouvidos), Laura, Dona Amely e o pequeno Thiago


Raspando o tacho, até conseguimos dar uma lembrancinha à nossa anfitriã. Herman (em primeiro plano), Eryvan (o mais alto), Laura, Dona Amely e Thiago (em pé), Nelson Suassuna (agachado)

Um comentário:

Gaspar de Jesus disse...

MARCELO
Se você é amigo de Adriana, minha querida sobrinha, é meu amigo também!
Por certo não iamgina que o Amor que nos une é do tamanho do Mar que nos separa.
Esta casa é sua meu amigo. Volte sempre que queira, tentarei corresponder na medida do possível.
Um grande abraço extensivo à família Correia (Sousa para mim) pergunte a Adriana o porquê.
Gaspar de Jesus