Como em qualquer ambiente democrático, em nosso grupo também havia opiniões conflitantes. Tais divergências ficaram mais evidentes após a consolidação de duas correntes políticas: os "xepeiros" e os "boyzinhos". O foco do embate ideológico era a postura a ser adotada pelo PET em relação à comunidade universitária.
Os "xepeiros" defendiam a tese de que deveríamos estar prioritariamente voltados a servir à comunidade. Entre suas propostas estavam a gratuidade dos eventos e a socialização irrestrita de nossos recursos (computador, por exemplo). Seus representantes mais fundamentalistas eram Aderaldo, Adriano e Clodoaldo.
Já os "boyzinhos" encaravam o PET como uma empresa privada com fins lucrativos, visando à auto-sustentabilidade financeira, independentemente da verba da Capes. Chegaram até a idealizar um incipiente "programa de participação nos resultados" (que não se concretizou). A cobrança de taxa de inscrição em todos os eventos, com valores alinhados ao mercado, era a sua principal bandeira. Lideravam esse movimento Eryvan e Wagner.
Antes de decisões importantes, ocorriam intrincadas negociações e alianças de bastidores, a fim de garantir a maioria dos votos na reunião. Como na política tradicional, havia os "vira-casaca", que votavam conforme suas convicções individuais, eventualmente contrariando a orientação partidária, e enfurecendo seus pares. Nelson Suassuna e Valdomiro - xepeiros dissidentes - aliaram-se muitas vezes aos "boyzinhos".
Graças ao compromisso de todos os membros com o sucesso da equipe, e à mediação conciliadora de Rosi, nenhuma facção prevaleceu, transformando todos os debates - nem sempre cordiais - em experiências salutares para nossa formação política, no sentido de manifestar com firmeza as opiniões pessoais, respeitando os pontos de vista divergentes.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
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